A 2ª sessão da Assembleia Geral (AG) para votação da reforma do Estatuto da ADUFSCar, realizada presencialmente nesta quinta-feira (15) no auditório do NAP – Área Sul do campus de São Carlos UFSCar com intercomunicação com as demais sedes da entidade, contou com a participação de 88 docentes, não tendo sido atingido o quórum mínimo de 1/10 das/os sindicalizados (149 pessoas) para aprovação do documento.
A Minuta com as alterações propostas para o novo Estatuto prevê ajustes à nova realidade jurídica e política da ADUFSCar, pós reativação da Seção Sindical do ANDES – SN, conforme decisão da categoria em AG realizada em junho de 2023.
Nos meses de fevereiro, março e abril deste ano, a Comissão de Trabalho instituída para coordenar o processo de debate e sistematizar as contribuições advindas das/os sindicalizadas/os promoveu cinco encontros virtuais e presenciais com as/os docentes, a fim de aprofundar a discussão acerca das alterações no documento, amplamente divulgado nos canais de comunicação da entidade (informes por e-mail, jornal impresso, site da entidade e correspondência via Correios). Em 23 de abril, foi realizada a 1ª sessão da AG para reforma estatutária e, a partir dessa data, também foi aberta a possibilidade de envio de sugestões via e-mail por parte das/os sindicalizadas/os até ontem, dia da realização da 2ª sessão.
Apoio e votação simbólica das/os docentes presentes
Segundo o atual Estatuto da ADUFSCar, no caso de alteração estatutária, é preciso que 1/3 de filiadas/os estejam presentes na 1ª sessão da AG convocada para esse fim; quando esse quórum não é alcançado, uma 2ª sessão, com a presença de 1/10 de filiadas/os, deve ser convocada. As sessões convocadas para a revisão estatutária necessária ocorreram em 23 de abril e 15 de maio e não atingiram o quórum exigido.
Ao contextualizar todo o processo pelo qual a ADUFSCar vem passando desde 2022 para recobrar sua função sindical de representação jurídica da categoria docente da UFSCar e do IFSP – campus de São Carlos, a profa. Fernanda Castelano Rodrigues, presidenta da entidade, enfatizou a importância da votação do novo Estatuto, em respeito à Comissão de Trabalho e às/aos docentes presentes nas AGs realizadas, e sugeriu uma “votação simbólica” para aprovação da Minuta apresentada. As/os professoras/es presentes nos 4 campi concordaram e aprovaram simbolicamente e de forma unânime o novo Estatuto proposto para a entidade. Esse gesto simbólico demonstra o respeito e o apoio à deliberação da categoria tomada em 2023, além do entendimento de que é fundamental concluir essa etapa de reforma estatutária para que a ADUFSCar possa representar suas/seus filiadas/os como um Sindicato de verdade, dotado de registro sindical, algo que nossa entidade não tem desde 2015.
Em breve, serão divulgadas informações sobre os próximos passos, que estão sendo estudados pela Diretoria, para a garantia dos direitos de nossas/os sindicalizadas/os e a continuidade plena da regularização da situação da nossa seção sindical.
Homenagens
O início da AG foi marcado por grande emoção,
quando a profa. Fernanda Castelano Rodrigues fez uma singela homenagem ao ex-presidente uruguaio, José Alberto “Pepe” Mujica Cordano, falecido na última terça-feira (13), e também ao ex-docente da UFSCar, Sóstenes Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, falecido no dia 14.
Em nome da Diretoria, a presidenta manifestou pesar pela morte de Pepe Mujica, símbolo da resistência latino-americana que manteve ao longo de toda a sua vida um compromisso inabalável com as lutas populares. Assim como na nota divulgada pelo ANDES-SN, a ADUFSCar reafirma que o luto por Mujica transcende sua atuação como presidente do Uruguai (2010-2015) ou sua participação em governos progressistas da América Latina. “Foi um obstinado militante, que não se vergou ante as atrocidades promovidas pelo terrorismo de Estado e seguiu com coerência e disposição os rumos de uma vida boa”, afirmou o texto.
A pedido do Comitê de Aposentadas/os, a profa. Fernanda também destacou a atuação de Sóstenes Brasileiro no meio acadêmico, político e social, principalmente em São Carlos (SP), cidade onde se graduou e deu início a sua trajetória profissional e pública. Ele foi docente e pesquisador do Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar, além de Secretário Municipal de Esportes entre 2001 e 2004, e participou ativamente junto à ADUFSCar, durante os anos 80, da luta por democracia no Brasil e pelos direitos da categoria docente.
