Na última segunda-feira (29), a ADUFSCar e a Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp) deram início a um ciclo de debates sobre temas que impactam a luta sindical e mobilização das/os docentes. A primeira Live da série discutiu o projeto do novo arcabouço fiscal e seu reflexo no serviço público, nos investimentos sociais e nas reivindicações por recomposição salarial de servidores públicos federais.

O evento contou com a participação de Flavio Venturini e Alberto Handfas, representando a Adunifesp;  e da presidenta da ADUFSCar, Fernanda Castelano Rodrigues, e Joelson G. de Carvalho, docente do Departamento de Ciências Sociais (DCSo/UFSCar).

Durante sua fala, a presidenta da ADUFSCar destacou que cabe ao movimento sindical construir uma agenda comum para garantir que a politica econômica seja de fato favorável para a classe trabalhadora. “Estamos num governo de disputa. Sabíamos disso quando vimos a configuração da Câmara Federal e do Senado. Portanto, temos que fazer o papel que nos cabe como sindicato, como trabalhadoras e trabalhadores que precisam tensionar de fato a relação com o governo. E temos que fazer isso nos espaços possíveis. Podemos citar, por exemplo, a revogação do novo ensino médio, que só aconteceu por pressão da sociedade e dos movimentos sindicais, docentes e estudantis”, afirmou a profa. Fernanda.

Na avaliação dos debatedores, esse arcabouço seria diferente se não houvesse a pressão, por exemplo do centrão e do setor privado, já que os interesses do sistema financeiro sobre a educação são muito fortes no Brasil, basta ver o último censo publicado em 2022 referente a 2021, que mostra que 75% das matrículas no ensino superior estão no setor privado.

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