No dia 04 de fevereiro, ADUFSCar, SINTUFSCar, DCE Livre UFSCar e APG UFSCar realizaram a 1ª Plenária conjunta para iniciar a construção da luta unitária de docentes, técnico-administrativas/os e estudantes neste ano de 2022. Para o nosso Sindicato e as demais entidades, a atividade teve um caráter histórico, pois representa a união de forças e a mobilização das categorias com propostas de ações conjuntas e amplas, em torno a uma campanha de valorização de servidoras/es e dos serviços públicos, objetivando também o diálogo com o público externo à Universidade.
A Diretoria da ADUFSCar e as/os docentes que estavam presentes na atividade compartilharam informações sobre a situação atual da categoria docente, que integra o movimento unificado de servidoras/es públicos federais e exige a recomposição urgente dos salários em 19,99%, considerando as perdas salariais apenas do período que compreende o governo atual. No caso das/os docentes, o PROIFES Federação coloca o índice de 32,9%. Em média, as/os servidores federais não têm reajuste salarial há 5 anos, mas, no caso da categoria das/os técnicos-administrativos, o último reajuste ocorreu em 2016.
Na avaliação do SINTUFSCar, as entidades têm tido muita dificuldade para mobilizar a classe trabalhadora, o que se agravou com o início da pandemia; porém, a luta unificada contra a PEC 32 realizada em 2021 mostrou que a com a unidade podemos vencer a agenda ultraneoliberal e fascista de atual governo.
Considerando que 2022 é ano eleitoral, a campanha salarial precisa se concentrar nos meses de fevereiro e março, pois a partir de abril não existe mais a possibilidade de autorização, por parte do governo, de qualquer alteração nos salários de servidores públicos. Por isso, a ADUFSCar propôs que as demais entidades de categoria da UFSCar componham a “Jornada de Lutas” que realizará de 14 a 25/02, seguindo calendário do Fórum Nacional das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE), já aprovada em Assembleia Geral do nosso Sindicato.
Dentre as demais considerações das entidades e de participantes da Plenária, merecem destaque: a importância da intensificação da mobilização em torno da defesa dos direitos, reconhecendo o próximo período como de muito enfrentamento; a necessidade de recomposição do orçamento da Educação e da Saúde, em particular, devido aos cortes orçamentários produzidos pelo governo, que fizeram com que tenhamos hoje o menor investimento nessas áreas nos últimos anos; a defesa da ampliação das ações de assistência estudantil, que tem sido atacada de modo específico, com cortes que visam não apenas expulsar as pessoas da Universidade, mas desmobilizar os setores da Educação que se colocam como espaços de resistência contra o governo.
A plenária conjunta teve como principais encaminhamentos: a realização de campanha unitária, reunindo servidora/es públicos federais, estudantes e trabalhadora/es terceirizada/os, em defesa da Universidade Pública com financiamento público e dos serviços públicos, do SUS, de emprego e salários, de acesso e permanência de estudantes nas universidades; por uma política de combate à fome; por uma política contínua de vacinação; por ajuda emergencial para as (os) trabalhadoras (es) e suas famílias. As ações de mobilização dessa campanha incluirão elaboração e divulgação de material conjunto da ADUFSCar, SINTUFSCar, DCE e APG, construção de “comitês de mobilização” em cada campus e a unificação da luta com outras categorias de servidores públicos nas cidades onde estão os campi da UFSCar.
A questão do retorno presencial neste contexto de cortes orçamentários e de desânimo e desmobilização generalizados é outro desafio importante para as categorias e será ponto de pauta da 2ª Plenária das entidades da UFSCar, que acontecerá no dia 17 de fevereiro, próxima quinta-feira, às 16 horas.
Em anexo, segue o Manifesto elaborado e assinado pelas entidades, para marcar essa 1ª Plenária Unificada.
