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Comitê Multicampi de Lutas propõe ações de enfrentamento aos cortes orçamentários

Comitê Multicampi de Lutas propõe ações de enfrentamento aos cortes orçamentários

Comitê Multicampi de Lutas propõe ações de enfrentamento aos cortes orçamentários 

Nesta sexta-feira, 01 de julho, o vice-presidente da ADUFSCar, Prof. Marcos Soares, participou da reunião ordinária do Conselho Universitário (ConsUni) que teve como ponto único de pauta a crise de financiamento das Universidades e Institutos Federais e impacto do corte orçamentário de 7,2% no orçamento 2022 da UFSCar.

Durante sua fala, o Prof. Marcos Soares destacou a gravidade da situação e a importância da unidade das categorias discentes e de servidores técnicos administrativos.  Representando também o Comitê Multicampi de Lutas, composto por nosso Sindicato, o SINTUFSCar, DCE Livre e APG UFSCar, apresentou como proposta a realização de ações de mobilização internas e externas, discutindo com a sociedade os impactos desses cortes.

A reunião aprovou uma Moção do Conselho Universitário sobre os cortes, a realização de evento virtual com a participação de outras universidades federais, mobilizações presenciais como aulas públicas e a criação de um comitê de crise, integrado também pelas entidades do Comitê Multicampi de Lutas.

 

Leia a Moção do ConsUni e do Conselho de Curadores da UFSCar – Em defesa da Educação, da Ciência e Tecnologia, de nossas Universidades e Institutos Federais e de um outro Brasil possível

O Conselho Universitário (ConsUni) da UFSCar, em sua 262ª Reunião Ordinária, que contou com a participação também do Conselho de Curadores da Instituição e teve como pauta única a crise de financiamento das Universidades e Institutos Federais, aprovou por unanimidade manifestar-se conclamando toda a sociedade brasileira a se erguer em defesa dessas instituições e da Educação Superior pública, gratuita e de qualidade, bem como da produção autônoma de conhecimento que possa seguir subsidiando e permitindo o enfrentamento dos principais desafios enfrentados pela população brasileira.

Em 2016, a partir da Emenda Constitucional do Teto dos Gastos, já havia expectativa de congelamento do orçamento das universidades, corrigido apenas pelos índices inflacionários. No entanto, a partir de 2019, a situação, que já não era simples, foi se complicando com perdas nominais nesses valores. Desde então, a luta de reitoras e reitores vinha sendo pela recomposição orçamentária a este nível mínimo de 2019, último ano de operação presencial das instituições. No entanto, não só não houve recomposição ao nível mínimo como, no último dia 24 de junho, concretizou-se corte definitivo de 7,2% no orçamento do Ministério da Educação destinado às universidades, com destinação de cerca de metade desses recursos ao Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro). Na UFSCar, isto representa o valor total de R$ 4.638.021,02 e a falta de recursos para manutenção da Universidade por cerca de um mês e meio no final do período.

Como qualificado durante a reunião do Conselho, os progressivos ataques às Universidades e Institutos Federais e, especificamente, o corte orçamentário atual, é cruel. É cruel pois se deu em cima de orçamentos já bastante deficitários, sem mais possibilidade de malabarismos para economia de recursos e pagamento de contas tão básicas quanto água e luz, e em um momento em que os recursos já estavam liberados, o planejamento estabelecido e os pagamentos em execução. Mas é cruel, sobretudo, porque não é fortuito, mas sim voltado à asfixia de um projeto de Educação inclusiva, democrática, que permita o acesso de parcelas da população historicamente afastadas dessa possibilidade e, assim, da possibilidade de mobilidade social, sua e de suas famílias, da atual e, mais importante, das futuras gerações. É voltado, à destruição de um projeto de País, soberano, menos desigual, para a implantação de outro, contra o qual é preciso lutar com todas as nossas forças, e já.

Na UFSCar, está criado para tanto, a partir deste momento, um Comitê de Crise, que deverá organizar agenda permanente de mobilização e luta.

Junto a isso, ConsUni e Conselho de Curadores alertam que o Brasil vive uma situação de emergência e chamam toda a comunidade universitária e a sociedade brasileira a defender esta que é um de seus maiores patrimônios, sem a qual não haverá futuro possível. Levantemo-nos em defesa da Educação, da Ciência e Tecnologia, de nossas Universidades e Institutos Federais e de um outro Brasil possível!

São Carlos, 1º de julho de 2022.

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