1º de Maio é dia de luta!
Ainda vivemos uma crise humanitária que assola o Brasil e o mundo. Em nosso país, além da política econômica fundamentada no ultraliberalismo , temos também uma política genocida que atinge, sobretudo, as pessoas mais pobres.
Diante de tal crise, vivemos situações de muita contradição. Em 2021, por exemplo, tivemos o ano mais “mortal” da pandemia, com a perda de 424 mil vidas; ao mesmo tempo, esse foi um ano de lucros recordes para os quatro principais bancos que atuam no país, que atingiram a cifra de 81,6 bilhões de reais de lucro.
No caso das/os servidoras/es públicos federais, o irrisório “aumento” de 5%, que ainda não se sabe se realmente será executado, foi anunciado à mídia pelo governo, sem prévio diálogo ou negociação com as entidades sindicais. Esse percentual não repõe sequer as perdas inflacionárias acumuladas em um único ano no período deste governo, não se configurando, portanto, no reajuste necessário de 19,99% que vinha sendo reivindicado pelo movimento das categorias unificadas.
Num contexto de inflação galopante e desemprego, fatores que colocam muitas famílias num estado de marginalidade social, o governo federal, que deveria implementar políticas para atender aos interesses da maioria da população, faz exatamente o contrário: prioriza a acumulação da riqueza dos mais ricos e minimiza a importância de uma ajuda emergencial para trabalhadoras/es, rebaixando-a a níveis que não permitem que as famílias possam viver com dignidade.
O Brasil voltou a integrar o Mapa da Fome. Segundo pesquisa realizada em dezembro de 2020 pela Rede PENSSAN (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), antes da pandemia, havia 57 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar no país, sem acesso pleno e permanente a alimentos; em abril de 2021, esse número dobrou e 116,8 milhões de pessoas, ou seja, mais da metade da população brasileira, passaram a viver nessa situação, sendo que 43,3 milhões não têm acesso a alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada) e 19 milhões passam fome (insegurança alimentar grave).
A vacinação tem se mostrado elemento fundamental na queda da mortandade por Covid-19 em nosso país e os dados comprovam que o esquema vacinal completo é fator determinante para a segurança sanitária e a saúde coletiva. O processo de vacinação da população brasileira vem acontecendo, a despeito das investidas do próprio Ministério da Saúde, que insiste em defender tratamentos “alternativos” à Covid-19; no entanto, é preocupante a diminuição no ritmo na vacinação, em particular nas doses de reforço.
Na conjuntura política, o governo Bolsonaro segue em rota de colisão com os princípios democráticos republicanos, desnudando sua face mais cruel de desapreço pela vida e pelo bem-estar comum. Num claro gesto de usurpação de poderes, Bolsonaro mais uma vez estimula ataques contra a democracia e contra os demais poderes da República. A mais recente afronta do presidente contra o Supremo Tribunal Federal (STF) foi o indulto individual da graça concedida a Daniel Silveira, condenado a oito anos e nove meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e atacar ministros do STF, à perda do mandato parlamentar e dos direitos políticos e ao pagamento de multa no valor de R$ 200 mil.
É por tudo isso que o 1º de Maio de 2022 tem que ser um dia de luta e mobilização!
A ADUFSCar faz coro aos movimentos, coletivos, partidos e pessoas que irão às ruas defendendo direitos, emprego, democracia e vida! Por comida e vacina para todas e todos! Em defesa do SUS e da educação pública, gratuita, laica, inclusiva e de qualidade! Pelo respeito à população negra, LGBTQIA+, indígena e quilombola! Não podemos esperar as eleições, precisamos tomar as ruas para mostrar nossa indignação e a necessidade de mudança.
Viva a luta do povo trabalhador do Brasil!
Viva o 1º de Maio!
Fora, Bolsonaro!
